terça-feira, 3 de maio de 2011

CAUSAS DE UMA SOCIEDADE DESESTRUTURADA

No cotidiano de nossa sociedade vivenciamos a violência, a fome, a corrupção, o desemprego, tudo banalizado pela freqüência. Estamos nos tornando uma sociedade anestesiada pela repetida violência, que vai minando a comunidade. Presenciamos uma juventude desajustada, psicologicamente envelhecida, renunciando, no uso da droga, a própria capacidade de sonhar. O número de delinqüência juvenil vem aumentando em progressão geométrica. A miséria moral é a mola crescente da sociedade.
Os especialistas citam várias causas que nos ajudam a compreender este caos e fazer com que a igreja e nossos lideres compreendam a contribuição que devem dar.
Podemos citar diversas causas, mas em algum momento elas se resumem a uma só: desestruturação familiar.
A destruição do casamento vem trazendo uma amarga fatura. A ruptura familiar produz na criança, no jovem, o “rasgo afetivo”, responsável por um desajuste precoce. É como se diz: “A pobreza material castiga o corpo, mas a carência afetiva corrói a alma”. A ausência de vínculos afetivos gera introspecção, frieza, revolta. Sem carinho, a criança cresce sem referenciais.
Quem não aprendeu amor em casa, dificilmente levará amor para a rua. O número de casas sem pais vem crescendo assustadoramente. Pais ausentes, filhos delinqüentes. Pais fora de casa, filhos entregues à “babá eletrônica”, com suas nefastas conseqüências.
Família sadia é ainda a melhor receita para uma sociedade sadia. Família que ora unida, permanece unida, nos ensina a Bíblia Sagrada. A sabedoria popular nos adverte: “Colheremos o amargo fruto que a nossa omissão ajudar a semear”.
O resgate das crianças e dos jovens passa, sem dúvida, pela recuperação da família. O jovem precisa buscar sentido na família.
Mas como recuperar as famílias se esta é uma arma do inimigo para combater os planos de Deus?
Violência e droga são aspectos afins, ambas se prendendo à crise familiar. Uma pesquisa do Ibope, realizada em fins do ano passado, em cinco capitais brasileiras, concluiu que os conflitos familiares, o declínio da família, são a principal causa da entrada dos jovens no mundo da droga. De cada 100 adolescentes entrevistados, 35 alegaram que se drogavam para fugir dos problemas familiares. O segundo motivo, a necessidade de ser aceito pelo grupo, vem bem atrás, 15% dos jovens visitados. Um estudo do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid), em setembro de 1999, mostrou que 26% dos jovens brasileiros usaram algum tipo de droga, legal ou não. Hoje, esse número, estima-se ser maior. Nas famílias problemáticas, esse índice era bastante superior.
Uma segunda causa apontada pra o crescimento da violência infanto-juvenil são os jogos eletrônicos. Uma pesquisa realizada, durante 5 anos, pela psicóloga Paula Gomide, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná, com 500 crianças e adolescentes, relata: “Cumulativamente, os efeitos da exposição contínua à violência podem causar sérios danos psicológicos”. Especialistas endossam essa afirmativa, demonstrando forte conexão entre a violência transmitida via entretenimento e sua dramática transposição para a vida real. Um dos videogames de maior sucesso, o Carmageddon, revelou-se um autêntico laboratório de crime e perversão. Um garoto de 12 anos assim se manifestou: “Eu acho dez o Carmageddon. É engraçado ver todo mundo se despedaçando. Eu adoraria poder jogar o carro em cima dos pedestres, principalmente idosos. É legal ver o velhinho sair correndo e a gente atrás”. É uma apologia ao comportamento destrutivo, indiferente ao sofrimento humano, antes, estimulador.
Essa precoce carga de perversidade pode estar na origem de comportamentos patológicos, excessivamente agressivos.
Na minha próxima postagem vou discutir com você como a igreja pode contribuir com esta recuperação familiar.

(inspirado em www.izabelsadallagrispino.com.br)

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