A Revista Veja da semana passada publicou em suas páginas iniciais duas matérias a respeito de pastores que usam suas igrejas e os fiéis para com isso ganharem prestígio e poder. Usam artifícios no mínimo questionáveis.
O primeiro que foi citado foi o pastor Marcos Pereira líder da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, famoso por ser requisitado a apaziguar conflitos liderados por bandidos no Rio de Janeiro.
Hoje em um processo aberto sob o número 902-00048/2012, ele é acusado de encenações de cura pela fé, estupro, tortura de crianças e relações criminosas com os marginais.
O segundo pastor citado é o líder da Igreja do Evangelho Quadrangular, pastor e Deputado Federal Mário de Oliveira. Ele está sendo investigado em um processo sob a acusação de encomendar a morte de duas pessoas, ludibriar as instituições e enriquecer a custas de fiéis.
Se isto não bastasse, Domingo dia 18, o programa da Rede Record, Domingo Espetacular exibiu uma matéria onde denunciava o Apóstolo Valdemiro Santiago de usar dinheiro arrecadado dos fiéis para compra de bens que podem alcançar o valor de 50 milhões de reais.
Este por sua vez rebateu dizendo que a Record foi comprada com dinheiro do dízimo dos fiéis e que Edir Macedo usa os mesmos artifícios usados pela rede Globo quando esta o denunciou.
O pastor Silas Malafaia, conhecido por seus fortes posicionamentos, emitiu sua opinião através de seu site Verdade Gospel dizendo, em resumo, que “são tudo farinha do mesmo saco”.
Não quero fazer juízo de valor. Temos instituições apropriadas que devem investigar as denúncias e dar o parecer final. É bem verdade que todos os acusados são blindados por políticos que nem sempre prezam pelo bem público. Vamos aguardar.
Mas, por serem personagens evangélicos e expoentes na mídia seus atos refletem diretamente sobre os fiéis de suas igrejas e também infelizmente, sobre todas as pessoas chamadas pejorativamente de “crentes”. Ou seja, nos afetam.
Nós, Cristãos, que temos a Bíblia como normativa e fonte mestre de comportamento temos nossa pregação diretamente atacada e questionada pela sociedade que não sabe distinguir o que é um ato isolado de uma pessoa ou grupo de um contexto mais amplo que é a Igreja de Cristo.
Fica difícil explicar o sucesso das igrejas, especialmente as de orientação pentecostal, quando o que a sociedade vê nelas é o ímpeto de coletar o dízimo dos miseráveis e a manipulação dos fiéis com prosperidade e curas milagrosas. A igrejas evangélicas no Brasil já contam com 30 milhões de fiéis e dependendo da fonte adotada crescem em média de 3% a 6% ao ano no Brasil. Elas crescem porque o que entregam aos fiéis nos templos é percebido por eles como algo valioso. Esse valor é a força da transformação de vidas através do Evangelho: crianças, jovens e adultos que se afastam das drogas, do crime, da prostituição, da violência doméstica, sendo incentivados ao trabalho,mérito e uma vida honesta e digna. O certo é que seu crescimento se dá porque o que se prega nas igrejas produz nas pessoas um conforto espiritual e bem estar social que só é conseguido através da palavra de Deus e não por uma propensão insólita dos fiéis de serem enganados.
Mas uma coisa eu tenho certeza: elas não crescem porque por causa de pastores perversos que usam a igreja e a palavra de Deus como instrumento para seu próprio benefício.
A igreja continuará crescendo porque pessoas como você se dedicam à obra utilizando o seu melhor para a obra de Deus. Continue fazendo isto e será recompensado por Deus aqui na Terra ou, com certeza, no Céu.
Com relação à eles, leia Lucas 17:1: “ É impossível que não venha escândalos, mas ai daqueles que o provocam”
Para formar sua própria opinião, abaixo links para os assuntos mencionados:
Resposta de Valdemiro
Matéria da Record